Pacientes tiveram síndrome respiratória aguda grave (SRAG)
A vacinação é a principal forma de se evitar a gripe
Guga Matos/JC Imagem
Da Editoria de Cidades
Dos 47 registros de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em Pernambuco este ano, dois são de pacientes que evoluíram para óbito, segundo informa a sanitarista Ana Antunes, gerente de Vigilância Epidemiológica das Doenças Imunopreveníveis da Secretaria Estadual de Saúde (SES). A síndrome pode ser causada por diversos agentes infecciosos, principalmente pelos vários tipos de vírus influenza, incluindo o H1N1 e o H3N2. “Só com base no quadro clínico apresentado por esses pacientes que vieram a óbito, não se pode atestar que o H1N1 tem relação ou não com as mortes. Foram coletadas e encaminhadas amostras para o Instituto Evandro Chagas, no Pará, onde serão realizados exames específicos para confirmar a causa dos óbitos. Não é só H1N1 que pode evoluir para o óbito, mas também outros subtipos de vírus influenza”, ressalta Ana Antunes.
No Estado de São Paulo, onde o surto antecipado de gripe H1N1 já matou 38 pessoas este ano (oito delas na capital), os óbitos se referem a pacientes que desenvolveram a SRAG. Somados todos os agentes, inclusive os vários tipos de vírus influenza, a síndrome causou 42 mortes este ano em São Paulo.
Não é de agora que as complicações decorrentes da gripe preocupam médicos, autoridades de saúde e população em geral. Em 1918 e 1919, a gripe espanhola (causada pelo H1N1) foi a mais devastadora epidemia de que se tem notícia, matando mais de 40 milhões de pessoas no mundo, 675 mil nos Estados Unidos. Estima-se que no Brasil, nesse período, a gripe tenha feito mais de 35 mil vítimas – 18 mil só no Rio de Janeiro. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que atualmente 1,2 bilhão de pessoas tem risco elevado de complicações por causa da gripe. O grupo com maior risco de apresentar agravamento são as crianças, os idosos e portadores de doenças crônicas.
Em Pernambuco, dos 47 pacientes notificados com SRAG, três tiveram diagnóstico confirmado para H1N1 e evoluíram bem. E dos 125 registros de síndrome gripal (casos mais leves que não exigem internamento), 10 tiveram confirmação para o vírus. Com base nesses números oficiais, não se pode dizer que Pernambuco vive uma situação com caráter de surto como em São Paulo, mas a SES informa que está atenta à identificação de um maior registro de casos positivos para H1N1 este ano. “Não há óbitos confirmados em decorrência do vírus, mas há rumores de quadros graves, além das suspeitas de óbitos por SRAG. A vigilância epidemiológica está cuidadosa para monitorar os casos da doença”, garante Ana Antunes.
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