segunda-feira, 25 de julho de 2016

Faltam poucas horas para o reencontro de Júlia com a família


Garota, que sumiu dia10 de julho, chega ao Recife nesta segunda (25).
Ela foi achada pela polícia de Pernambuco no Amapá e o pai acabou preso.

Do G1 PE

Postado por: Jeozivaldo Cesar
Gleide Angelo e Júlia no Amapá, depois de a polícia encontrar a menina (Foto: Gleide Angelo/ Acervo pessoal)Gleide Angelo e outros policiais posaram com Júlia, no Amapá, depois de a polícia encontrar a menina
(Foto: Gleide Angelo/ Acervo pessoal)
Foram dias de angústia, expectativa e espera. Mas o momento chegou. Finalmente, a família de Júlia cavalcanti de  Alencar, 1 ano e 9 meses, levada pelo pai no dia 10 de julho, vai poder reencontrar a criança no início da tarde desta segunda-feira (25).
A delegada Gleide Angelo, responsável pelas investigações do caso, informou que a equipe da Polícia Civil de Pernambuco tem previsão de desembarcar no Aeroporto Internacional do Recife pouco depois do meio-dia. O ponto de partida da viagem é Macapá, no Amapá, onde a criança foi encontrada e o pai acabou preso, no sábado (23).
O avião tinha previsão de deixar Macapá no fim da madrugada desta segunda. Antes de chegar aoRecife, a garota e a equipe da Polícia CIvil  farão uma parada em Brasília. A conexão para  a capital pernambucana está marcada para as 10h. Portanto, o avião com os policiais e a menina deverá aterrissar no destino final pouco depois da hora do almoço. Com eles, também desembarcará o pai da criança, que está sob custódia policial.
Gleide informou, ainda, que, no início da tarde de domingo, conseguiu a autorização judicial para voltar com a garota ao Recife. A menina foi encontrada em Santana, no Amapá, durante uma ação conjunta das polícias de Pernambuco e daquele estado.
A garota estava sumida desde o dia 10 deste mês, quando o pai a levou após uma visita realizada em Olinda, no Grande Recife. Os pais dela estavam separados. Dias antes de desaparecer com a criança, o homem teria, de acordo com a polícia, sacado R$ 400 mil.
Logo após ser encontrada, Júlia foi levada em segurança para um abrigo na cidade, localizada a 30 quilômetros de Macapá. Em seguida, passou aos cuidados da delegada Gleide Angelo. O pai ficou em um hotel, sob custódia policial.
Gleide Angelo e Júlia no Amapá, depois de a polícia encontrar a menina (Foto: Ascom Polícia Civil de Pernambuco/repdodução)Gleide Angelo e Júlia 
(Foto: Ascom Polícia Civil/repdodução)
Nas redes sociais, a delegada postou fotos com a criança no colo e dando comida. E escreveu um breve resumo do trabalho desenvolvido para localizar a menina:
"Estamos há mais de seis dias fora de casa. Percorremos mais de três mil quilômetros por vários Estados do País. Andaríamos mais três mil para encontrar esse bebê. Agradeço a todos os amigos que compartilharam e ajudaram a localizar Juju."
Antes de entrar no Amapá, o pai foi visto comJúlia no Maranhão. Eles também foram procurados em Belém, no Pará.
Na página 'Vamos encontrar Júlia', nas redes sociais, parentes e amigos festeram muito o êxito da ação policial que encontou a menina.  Eles agradeceram aos mais de 11 mil internautas que acesaram a página em pouco mais de uma semana, postando frases de apoio e possíveis pistas.
Também enalteceram o trabalho da delegada Gleide Ângelo, dos policias pernambucanos e do Amapá, bem como de advogados e jornalistas que acompanharam o caso.
Na tarde de domingo, a mãe de Júlia, Cláudia Cavalcanti, recebeu parentes, amigos  e jornalistas, em casa, em Olinda, e aproveitou para agradecer o apoio. Ela disse que espera, no futuro, que apesar de todo o drama, a menina tenha um bom relacionamento com o pai.

Por isso, foram acionados a Polícia Federal, que controla o fluxo nos aeroportos, e o Grupo de Operações Especiais. Também houve alerta para os responsáveis pelo Terminal Integrado de Passageiros (TIP), maior rodoviária do estado, localizada no Recife.
Entenda o caso

O Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA)  passou a investigar o desaparecimento de Júlia ainda no dia 10 de julho.  A tia da criança, a enfermeira Mirella do Amaral, informou que o pai tinha direito a uma visita por fim de semana e, na segunda vez em que foi buscar a filha, não a trouxe de volta. A polícia informou que o pai sacou R$ 400 mil uma semana antes de pegar a garotinha.

Segundo a polícia, o pai da criança está em situação irregular com a Justiça, pois descumpriu uma decisão judicial. Ele não atende o celular e sumiu das redes sociais. Como não possui emprego fixo, os responsáveis pela investigação temiam que ele deixasse o estado ou o Brasil.
A PF, por sinal, incluiu o nome da menina no Sistema de Módulo de Alerta e Restrições, o que torna a proibição da saída da garota do país por meio de aeroportos e portos de todo o território nacional.
A mãe da criança foi orientada pela polícia a também procurar ajuda da Justiça. A polícia recomendou  que ela fosse com o Boletim de Ocorrência até a vara em que saiu a decisão do processo da guarda para que a juíza tome conhecimento do caso e possa decretar a busca e apreensão da criança devido ao descumprimento da decisão judicial.

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