sexta-feira, 11 de março de 2016

Mãe de garoto assassinado em São Lourenço afirma que há outras vítimas


Vânia Silva afirmou que há crianças desaparecidas na cidade da RMR.
Denilson, 13 anos, saiu para encontrar treinador de futebol, que está preso.

Do G1 PE
Postado por: Jeozivaldo Cesar

A mãe do garoto de 13 anos achado morto, na quinta-feira (10), em São Lourenço da Mata, no Grande Recife, depois de sair de casa para encontrar o treinador de futebol, fez uma denúncia grave, na manhã desta sexta-feira (11). O caso do filho dela, Danilo Teixeira, não seria o primeiro do Engenho Marubara, onde mora a família. Vânia Maria da Silva declarou que o homem de 39 anos, preso 24 horas após o crime e autuado por homicídio, é responsável por mais mortes na periferia da cidade.
A denúncia de Vânia é mais um fato de peso contra o principal suspeito. Ele terá muito trabalho para explicar à polícia os motivos pelos quais deixou uma marca de sangue ao assinar uma documentação do Conselho Tutelar.
Ele negou o crime e fez questão de acusar outra pessoa. No entanto, indicou com precisão o local onde estava o corpo, resgatado com ajuda do Corpo de Bombeiros. Além disso, o professor tem passagem pela polícia e sentença judicial de 12 anos de reclusão por pedofilia. Chegou a ficar quatro anos na cadeia por ter abusado de uma criança, em Mato Grosso.
Para Vânia, é preciso partir logo para elucidar casos antigos de desaparecimento em São Lourenço da Mata. “Tem duas crianças sumidas há um tempo, em Chã de Tábua. Foi no lixão. E esses casos estão engavetados. Tá na hora de a polícia entrar nisso e saber sem tem alguma coisa relacionada”, declarou.
A polícia informou que já está investigando a possibilidade de o suspeito ter feito outras vítimas na cidade.
O caso
O menino saiu de casa por volta das 14h da quarta-feira (9) . Disse para a mãe que encontraria o treinador do time de futebol. Deveria voltar para casa uma hora depois, mas não retornou. Ligou para os parentes pouco depois do horário marcado e garantiu que não demoraria mais.
“Liguei e falei com ele mais uma vez. Umas 17h, uma pessoa atendeu o celular e  só ouvir ele dizendo ‘socorro mainha, socorro’”. Ele estava desesperado e chorava muito, conta Vânia, salientando que ouviu vozes abafadas. “Eram três vozes de adultos. Não era criança não. Eles abafaram o celular.”
Diante da situação, a mãe e o tio partiram em busca de informações e do paradeiro do garoto. Saíra de moto e não encontraram nada. Pouco antes das 18h, estiveram na Delegacia de São Lourenço para pedir ajuda. “Disseram que a delegacia ia fechar e não poderiam fazer mais nada. Era para eu esperar até o dia seguinte”, lembra a mãe do menino.
Na quinta-feira (10), ela voltou para o distrito policial e soube que não teria apoio da viatura para ir ao Recife para providenciar o teste de DNA. Depois da descoberta do corpo do filho, Vânia ficou ainda mais indignada. Acusou as autoridades de negligência e exigiu providências.
“Como é que deixam um homem que foi preso por abuso de crianças trabalhar como voluntário treinando os meninos daqui do bairro? Como é que ninguém pergunta nada nem  investiga a vida de quem trabalha com meninos, ainda mais um foragido?”, indagou. O crime revoltou os moradores de São Lourenço. Neste sábado (12), vizinhos prometem fazer um protesto na região.
Investigação
O delegado Luís Alberto Farias informou à TV Globo que tudo indica que o professor praticou o crime. De acordo com o policial, o acusado entrou em contradição o tempo todo e fez questão de apontar outro envolvido, mas sem nenhuma comprovação. “Ele nos levou até o Engenho Cabaça  e mostrou o local do corpo. Também disse que manteve relações sexuais com o menino. O tempo todo negou o assassinato”, observou.
A criança levou socos e pontapés. Entretanto, será preciso realizar exame sexológico para poder comprovar se realmente houve abuso. O suspeito está detido no Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, no Grande Recife
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