quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Insultos racistas ao jogador Tinga provocam onda de indignação


Jogadores conhecidos no mundo inteiro, presidente do Brasil, da CBF e da Fifa se manifestaram contra o racismo. O episódio pode até causar a eliminação do time peruano da competição.

Atos de racismo de torcedores peruanos dirigidos contra o jogador Tinga, do Cruzeiro, em um jogo da noite desta quarta-feira (12) pela Libertadores, provocaram protestos e indignação - dentro e fora do mundo do futebol.
Silêncio no desembarque. Aos 20 minutos do segundo tempo, Tinga entrou em campo, hostilizado.
Na derrota do Cruzeiro por 2 a 1 para o Real Garcilaso, em Huancayo, no Peru, Tinga esteve com a posse de bola 11 vezes. Em todas elas, parte da torcida adversária imitou o som de macacos.
”O que me deixa indignado é um país sul-americano com gesto racistas”, declarou Dedé, zagueiro do Cruzeiro.
“Trocaria todos os meu títulos por uma igualdade em todos os lugares, todas as áreas e em todas as classes”, desabafou Tinga, meio-campo do Cruzeiro.  
Nesta quinta-feira (13), o Brasil abraçou Tinga. Pela internet, autoridades, torcedores e jogadores de vários times e países foram solidários com o jogador. Em uma rede social, o episódio de racismo foi o assunto mais comentado do dia no país.
Palavras de apoio de Neymar, Ramires, David Luiz, Alexandre Pato e até Ronaldinho Gaúcho, do rival Atlético Mineiro, que disse: "Muito triste pelo que aconteceu com meu parceiro @PauloCesarTinga na Libertadores. Incrível como isso ainda existe no futebol".
O presidente da CBF, José Maria Marin, repudiou o fato e disse que o futebol é símbolo de congraçamento, de alegria e não de demonstrações de preconceito e intolerância.
A presidente Dilma Roussef também se pronunciou em uma rede social: “Hoje o Brasil inteiro está #fechadocomotinga. Acertei com a ONU e a FIFA, que a nossa #copadascopas também será a #copacontraoracismo. Porque o esporte não deve ser jamais palco para o preconceito.”
O presidente da FIFA, Joseph Blatter, concordou com Dilma e disse que a FIFA é contra todo ato de discriminação.
Em nota, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, exigiu da Confederação Sul-Americana de Futebol providências enérgicas contra as atitudes preconceituosas.
A Conmebol informou que ainda vai se pronunciar oficialmente sobre o caso, pediu tranquilidade à torcida do Cruzeiro e qualificou o ocorrido como repudiável.
Segundo o regulamento da Taça Libertadores, o episódio pode até causar a eliminação do Real Garcilaço da competição.
O Cruzeiro informou que, na semana que vem, irá entrar com uma representação na Conmebol protestando contra o ato de racismo sofrido pelo jogador Tinga.

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